quinta-feira, 24 de maio de 2012

Incorporação

Incorporação Incorporação do latim incorporatione - Ato ou efeito de incorporar. Incorporar do latim incorporare - Dar forma corpórea a. Unir, reunir, juntar em um só corpo ou em um só todo. Entrar, começar a fazer parte, ingressar. Para a ciência espírita, é o ato ou efeito de ingressar o Espírito no campo vibratório do médium, em processo de acoplagem, objetivando sua manifestação. http://www.lema.not.br/indexxq.php Entende-se por incorporação a tomada de controle das funções motoras, de comunicação e cognitivas de um corpo por uma consciência extra e incorpórea. O indivíduo cujo corpo é utilizado é chamado de médium, aparelho e, em alguns casos, cavalo e a consciência incorpórea, de espírito ou entidade. Está implícita nessa definição a (necessidade de uma) crença na existência de consciências (individualizadas) existindo sem a necessidade de um corpo material (consciências incorpóreas). Como essas consciências mantêm uma identidade (ou pelo menos emulam uma), é de se concluir que mantenham uma individualidade e, portanto, possuam (coordenadas específicas de existência) algum tipo de veículo ou “receptáculo” para manter essa individualidade. Como esse receptáculo não é feito de matéria, faz-se necessário aceitar que existam outros planos de existência, nos quais existam “receptáculos” compostos por algo que não seja matéria composta por átomos. Varias filosofias e religiões pregam a existência de outros planos de existência e a quantidade desses planos varia conforme a filosofia ou religião consultada. O catolicismo, por exemplo, afirma que existem apenas dois planos: o material e o espiritual; a magia cabalista trabalha com quatro planos: material, astral, mental e divino. Existem outras correntes religiosas que afirma que são sete, ou nove ou sessenta e três planos de existência. De qualquer forma, a consciência que incorpora, tendo uma identidade – e, portanto uma individualidade – e não estando no plano material, deve “habitar” em um desses outros planos. Muitos afirmam que, durante a incorporação o “espírito” do aparelho deixa o corpo material (embora continue vinculado a ele) e outro “espírito” (a consciência incorpórea) passa a ocupar esse corpo. Por isso, afirmam que a incorporação só ocorre com a total inconsciência do aparelho. Entretanto, outros admitem que pode haver incorporação semi-consciente e totalmente consciente. Seja como for, é de comum acordo que o aparelho sofre influência de uma entidade. O mecanismo dessa influencia ou é de natureza energética ou ocorre em outro plano de existência. Se ocorre de forma energética, pode ser que o campo eletromagnético gerado no cérebro seja afetado por outro campo – gerado pela entidade. Dessa forma, os padrões mentais dessa consciência se manifestariam no cérebro – e, portanto, no corpo – do aparelho. Seria análogo a um aparelho de radio de um carro, sintonizado em uma determinada estação, tocando uma musica. Se esse carro passar próximo a uma torre de transmissão de outra estação, a transmissão dessa será mais forte e o radio passará a tocar outra musica, sem que o sintonizador tenha sido mudado. Hoje em dia podemos comparar também ao wi-fi ou Bluetooth. Através deles o usuário de um computador pode transmitir informação e até controlar outro computador. Se o mecanismo de influencia ocorre em outro plano, a “troca” de posições pode ser necessária. Supondo que esse mecanismo ocorra no chamado “plano astral”, é possível que o “corpo astral” (receptáculo da consciência constituído por uma substância natural desse plano) do aparelho tenha que se afastar do corpo físico para que o “corpo astral” da entidade possa se manifestar. Também pode ser que o mecanismo ocorra através dos chamados chakras, que seriam sete centros ou nexos de energia no campo energético de cada ser humano. O “corpo astral” da entidade se vincularia aos chakras do corpo energético do aparelho, de forma a estabelecer o vinculo e se manifestar. Os mecanismos descritos acima abrangem os três tipos de incorporação citados acima: totalmente inconsciente, semi-consciente e totalmente consciente. Na incorporação totalmente inconsciente, o aparelho perde completamente o controle das funções motora, cognitiva e de percepção. Toda ação e comunicação efetuada durante a incorporação é responsabilidade da entidade, sem qualquer participação ou influência do aparelho. A incorporação totalmente consciente ocorre exatamente o contrário. A influência da entidade é sentida, mas não imposta. As ações e comunicações são induzidas, mas necessitam da concordância e anuência do aparelho, cuja principal dificuldade é impedir que sua mente influencie a ação da entidade. Na incorporação consciente ocorre como que uma “fusão” entre as consciências do aparelho e a entidade. Ambos devem trabalhar em conjunto. A incorporação semi-consciente, como próprio nome diz, implica que o aparelho possui um controle ou percepção parcial do processo. Pode ocorrer da forma que o médium mantenha a consciência, mas não tenha o controle das funções motora, cognitiva e de percepção. As ações ainda são responsabilidade da entidade, embora o aparelho tenha ciência do que ocorre. Outra forma de incorporação semi-consciente é aquela na qual a consciência do aparelho é intermitente, ou seja, determinados momentos o aparelho se vê consciente e determinados momentos, inconsciente. Porém, segundo a parapsicologia durante um transe hipnótico “desliga-se” a mente consciente do indivíduo, mantendo apenas a parte inconsciente. Isso me foi demonstrado em um curso. Quando o transe é direcionado, o indivíduo fica passivo, porém – segundo o professor do curso – o transe que ocorre sem uma orientação, de forma espontânea (como por efeito de tambores e giro do corpo) pode fazer com que aspectos reprimidos e/ou ocultos da personalidade – como desejos de raiva, sexualidade, liberdade, etc. – se manifestem, de forma espontânea e caótica. Esses aspectos aliados a conceitos / imagens / arquétipos armazenados no inconsciente podem formar uma nova personalidade, ou mesmo emular a manifestação de uma entidade. Ainda mais, sob transe hipnótico o indivíduo fica extremamente suscetível a sugestões. Vi um amigo bem próximo comer cebola acreditando ser maçã. Isso ocorre por que o cérebro altera a interpretação dos estímulos recebidos (visual, auditivo, gustativo, etc.) de modo a confirmar a sugestão recebida (ver texto REALIDADE I). Considerando esses conceitos (e alguns outros), mas minha experiência pessoal sobre o assunto,creio que a entidade de onde quer que esteja (se é que o termo “onde” é aplicável) consegue criar uma ligação energética com o individuo que irá sofre a incorporação, através da qual o induz a um tipo de transe hipnótico. Quanto mais intenso for esse transe, mais inconsciente é o aparelho. Através dessa ligação, a entidade também envia o equivalente aos seus padrões neurais – padrões que determinam o conhecimento e comportamento de um ser ou, em última análise, sua identidade. Esses padrões interagem com o campo de energia mental do individuo, de modo que a fusão dos padrões da entidade e do aparelho resultam na manifestação que presencia. Isso implica que o material contido no inconsciente do aparelho pode influenciar as características da manifestação. Assim, uma entidade pode se manifestar de forma agitada, ou usando palavras vulgares, ou ainda que com postura piedosa, em parte por que o aparelho acredita – mesmo que de forma inconsciente – que seja o comportamento “correto” para essas entidades. Essas crenças inconscientes e conscientes do aparelho é associada a egrégora e as intenções da entidade, de modo a resultar na manifestação que presenciamos durante uma incorporação.

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